Em 04 de setembro de 1909, no Palácio de Cristal, em Londres, Inglaterra, no primeiro evento de demonstração de técnicas escoteiras, com participação de 11.000 meninos do Reino Unido e que tinha a presença do próprio Baden-Powell, um grupo de meninas, vestidas de uniforme e lenço no pescoço, reivindicaram a B-P o direito de vivenciar o escotismo, assim como os meninos. No mesmo ano, ele escreveu o artigo Programa para as Guias e pediu auxílio de sua irmã Agnes para conduzir o movimento feminino.
Em 1912 é fundada a Associação Inglesa das Girl Guides tendo Agnes como sua como primeira presidente.
Lady Olave (esposa de B-P) ingressou no Movimento, em 1914. Em 1916, devido à sua dedicação, foi nomeada Comissária-Chefe.
Em 1915, a Associação Brasileira de Escoteiras passou a atuar, sendo que em 1919 foi fundada a Federação das Bandeirantes do Brasil. Neste momento o movimento dos Escoteiros e das Bandeirantes se separou aqui no Brasil. Como curiosidade, as Bandeirantes passaram a atuar com meninas e meninos em 1969.
Entre 1915 e 1950 há registros de que alguns Grupos Escoteiros experimentaram a co-educação (aceitando meninos e meninas).
Entre 1979 e 1985 o Movimento Escoteiro no Brasil passou a trabalhar com meninas também. Ramo Pioneiro em 1979, Ramo Escoteiro em 1980, Ramo Sênior em 1981 e no Ramo Lobinho as primeiras Alcateias Mistas Experimentais foram criadas em 1978 e foi oficializado em 1982.
Em 2016 haviam 24.013 meninas entre nossos jovens, assim como 10.018 mulheres que são voluntárias do Movimento Escoteiro. O relatório de 2017 ainda está sendo elaborado, mas já sabemos que o total de associados passou de 92.029 para 101.062 e certamente o número de meninas e mulheres também cresceu.
Nesta semana que se comemora o Dia Internacional da Mulher, desejo parabéns especiais às 94 meninas e mulheres que fazem parte do GEJA!
Itamar Almeida de Carvalho
Diretor de Métodos Educativos – GEJA
08/03/2018
Referências:
SANTOS, Aldenise Cordeiro; FELDENS, Dinamara Garcia. O “Scouting For Boys” Abre Para Mulheres: A Implantação Da Co-Educação No Escotismo Brasileiro. Cadernos de História da Educação. Julho/dezembro, v. 12, n. 2, 2013. p. 411-433. Disponível em: < http://www.escoteiros.org.br/wp-content/uploads/2016/02/a_presenca_de_mulheres_no_escotismo.pdf>
Tropa Sênior Xavante do Grupo Escoteiro Baden-Powell 179RS. Acampamento de Brownsea. Disponível em: <http://xavante179.blogspot.com.br/2010/07/agora-voce-deve-estar-se-perguntando.html> Acesso em: 08/03/2018.
UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Relatório Anual 2016. Curitiba: abril de 2017. Disponível em: <http://www.escoteiros.org.br/wp-content/uploads/2017/04/Relatório-Anual-2016-Escoteiros-do-Brasil.pdf>
______. Relatório de Gestão 2016-2017. Curitiba: novembro de 2017. Disponível em: <http://www.escoteiros.org.br/wp-content/uploads/2017/11/relatorio_gestao_18meses_visualizacao_revisao_24-11.pdf>